domingo, junho 01, 2008

Cinema Paradiso
Giuseppe Tornatore
coincidências e apontamentos extraídos: admissão, a projecção-e-os-outros, combustão, perda, partida, implosão, recuperação, cristalização, regeneração.

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sexta-feira, maio 16, 2008

Contos da lua vaga
Kenji Mizoguchi (1953)

a digestão do filme ainda em competição com a digestão do jantar. ocorre-me perguntar como sentirá um oriental o quid gótico, entendido a partir do ponto de vista ocidental. não tenho o tronco caligrafado a sânscrito, mas já tenho o corpo adormecido pela noite. por ora, retiro-me. continuarei a pensar.


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segunda-feira, abril 14, 2008

Banshun
Yasujiro Ozu

sem net. ainda. a saga continua. nunca como na última semana vigiei os movimentos em torno do poste telefónico da rua com tanta atenção... passo aqui apenas para registar um momento alto da passada sexta-feira, no cine-estúdio do campo alegre.

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segunda-feira, março 03, 2008

um cisne de pão

Persépolis
Marjane Strapi + Vincent Paronnaud
O que as pessoas dizem é: "Não fazíamos ideia de que era assim". Isto quer dizer apenas uma coisa: "Não sabíamos que havia seres humanos que viviam lá". Porque hoje, no Irão, estamos reduzidos a noções abstractas. Falam de nós como terceiro-mundistas, médio-orientais, terroristas, fanáticos. As pessoas esquecem-se que por trás disto há pessoas, que têm pais, que têm filhos, que têm amores, que têm esperança. (...) Se há uma mensagem neste filme é, justamente, retornar tudo a um nível individual, humano.
Marjane S., em entrevista ao ípsilon
22 de Fevereiro de 2008

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terça-feira, fevereiro 05, 2008

The Darjeeling Limited
by wes anderson

pouco ou nada senti de histriónico. o cómico de situação instala-se de modo a dar lugar tanto a riso como a desconforto. não há acutilância. mas há acutilância. porque o há na matéria. para já, esquivo-me à etiqueta tragicómica por não me sentir muito à vontade com ela. os carris dos afectos, sejam eles em torno da família, dos amigos, dos amores-amores, passam invariavelmente pelos espaços apertados dos corredores deste comboio. as viagens em que embarcamos, por oposição às fugas e projectos que declinamos, sejamos ou não perdoados por isso, perdoemos ou não o facto, reproduzamos ou não alguns dos erros que implacavelmente queremos imputar ao outro. a orientação - ainda bem - pela estética do destrambelhado, sugere muito mais do que revela. fica-me, por exemplo, o pequeno almoço do virar de costas absoluto da mãe por digerir. é terrível, sem que assim o seja na tela. hei-de conseguir ser mais organizada e detalhada ao pensar no filme, entretanto, se puderem, apanhem este comboio.


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quinta-feira, janeiro 17, 2008


o cine-estúdio do teatro do campo alegre estava sobreaquecido e sobreocupado, à escala do que é habitual num filme deste senhor.
correu ou não correu pelo seu pé até ao carro numa das cenas? aquela bengalita fora de cena... uma boina para a perna. fica-lhe bem.

não me entusiasmo naturalmente de modo detalhado, como muitos, com as evocações de gesta portuguesa, mas as explicações de um entusiasmado, normalmente, entusiasmam-me. não fui à procura de tese, nem sou particularmente sensível à questão da génese de colombo (ou colon). o nosso realizador recheou os diálogos com dados curiosos: outro zarco, a cuba de fidel e a nossa. o aval geral que a comunidade histórica dá ao livro que serviu de suporte aos dados do filme desconheço qual seja. pelo que testemunhou manoel de oliveira, a sua preocupação não era exibir uma produção de tese histórica, (que é o que também se diz, quando se quer dar recados, sem se ter paciência para despiques académicos) mas apenas a de rememorar os feitos dos descobrimentos. portugueses. a mulher alegórica que acompanhava as personagens pelos recantos: o espírito português? sublinhados: as filmagens com nevoeiro, o sol em sagres, a banda sonora. ao contrário d'o quinto império, por exemplo, com incideência igualmente histórica, aqui o sabor foi quase exclusivamente estético. deslizes para autobiografismos nos diálogos da segunda parte? puxões de orelhas a tutelas culturais? mesmo com algumas reservas em relação a pormenores de representação, não concebo deixar de materializar a minha curiosidade pela obra de um homem destes com a compra de um passaporte na bilheteira.

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domingo, janeiro 13, 2008

hoje só choveu deste meu lado. sendo domingo, tive todas as condições para embarcar rio acima.

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terça-feira, novembro 20, 2007

e mais não digo.

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domingo, novembro 11, 2007


mas a minha busca e os meus esforços são a síntese resolutora. sempre a síntese resolutora.

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domingo, outubro 28, 2007


tenhamos ou não percepção disso, há sempre Rosebud nos lábios alheios, quer seja dito, quer se esconda atrás da boca.

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quarta-feira, julho 11, 2007


há muito para dizer, mas uma mistura de falta de tempo, organização e tempo de maturação obrigam-me a não dizer nada hoje. nunca me tinha equiparado a um barman, no entanto, ontem, enquanto via Benedito a ouvir confissões, sorria, de fora da tela. sobretudo com aquela do destino. e nada disto é central no filme - creio eu - mas o sujeito que percepciona...

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domingo, julho 01, 2007

La nuit du carrefour
Jean Renoir

o nevoeiro na tela de projecção - o nevoeiro nos genes, só há pouco tempo me apercebi de que era filho do Renoir do nevoeiro colorido das telas dos quadros - em sintonia com o nevoeiro na minha retina de sábado ao fim da tarde. há horas assim: de reduzida visibilidade para o redor e para o amanhã. sabe bem a suspensão de alguns momentos.

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quinta-feira, junho 07, 2007

Yasujiro Ozu
1903-1963 - Japão


Vi há dias o meu primeiro Ozu, e o último dele, Samma no aji (O gosto do sake). Esperava uma cadência oriental, em que tudo é ritmado com deslize particular dos momentos, que muitos insistem em classificar como lentidão, mas que do meu ponto de vista não é rigoroso: entendo, em parte, a que se referem, mas quando a focalização é quase exclusivamente psicológica, o ritmo, dentro dessa categoria, é o normal. Neste filme, essa singularidade da cadência não correspondeu à minha expectativa, sem que fosse uma trama de acção. Fiquei a pensar na impressão. Vou procurar mais filmes deste senhor, para apurar qual das sensações se confirma: a mais recorrente ou esta nova, ainda à procura de termo ou descrição mais justa.

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sexta-feira, abril 06, 2007

Lynchada

há mais de um ano que não ia ao cidade do porto ver um filme. a tarde de hoje também foi condimentada pela revisitação. antes de apagarem as luzes, ao ver as cadeiras pretas da plateia, lembrei-me daquele azul espesso do defunto nun'álvares e senti a melancolia sentar-se no assento do lado. passou; vir ao Porto tem destas coisas. por outro lado, foram várias as vezes em que ao ver INLAND EMPIRE, do senhor David Lynch, que tive de sufocar o riso. o meu espírito teve o capricho de despertar nos momentos em que mais ninguém se ria. a sintonização humorística de hoje estava ácida, daí o aparente despropósito; não me ri com a loco-motion, ao contrário do resto do público - OST procura-se - e chorei, literalmente, a rir com a filmagem da morte, entre a conversa da africana e da chinesa. talvez o meu irmão compreenda este facto. se já tiver visto o filme, terei de começar a preparar a minha explicação, porque me vai massacrar com a chave. tenho até domingo para não pensar muito. há microestruturas de sentido, e mesmo esse é poliforme, creio. pode ser que haja um fio de leitura mais abrangente: penso, por exemplo, no paralelo entre a primeira tentativa de adaptação do romance polaco, no passado, e a tentativa do remake a que assistimos, em todas as consequências que daí decorrem para a chegada de luz à personagem incial que fita a TV em lágrimas e no tal pagamento ou ajuste daquela conta; o sucesso e a finalização do remake presente saldam o falhanço e o negrume mísitico que tolda o anterior? é melhor não continuar... foi apenas um exercício de preparação para a resposta a dar ao meu irmão no almoço pascoal. não vou ingressar no sindicato hermenêutico-lynchiano que já profetizo e que se costuma criar nos dias após a audiovisão dos seus filmes. é conhecer o maestro, as personagens e as suas funções tipológicas, oníricas e mediúnicas, a necessidade de recolha de dados com atenção, dada a suspeita de que sejam recuperados em metamorfose, eco, analogia, analepse ou outra. vier sieben... vão voltar a falar disto, vão voltar a falar disto... e lá aparece a porta 47 . é a porta que encerra os coelhos, um dos motes do riso abafado, logo no início, não pelo insólito em si, mas por me lembrar da Paula Rego, o que, pensando bem no mago, faz sentido de um modo curioso. o jeremy irons como realizador e eu a lembrar-me do missionário de flautinha entre os índios... nunca vi um filme destes com os olhos húmidos de riso (e repito que não é uma ridicularização), mas folgo em aproveitar esta minha lua non sensical até chegar ao quarto minguante da intransigência pesarosa. vou espreitar o Ípsilon de hoje para ver o que reza do filme.
[entre uma biblioteca que ajudei a arrumar, encontrei uma velha edição da portugália do livro "Cavalgada do sonho", de João Quintinha. gostei tanto do desenho da capa, que pedi um empréstimo para digitalizar. a pressa de a postar e a sintonia onírica com o filme visto atiraram-na para este post]

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quarta-feira, março 21, 2007

Le Mépris
Jean-Luc Godard


post de alta responsabilidade.
escreverei mais tarde.

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segunda-feira, março 05, 2007


Journal d'un curé de campagne

Robert Bresson
o meu processo de digestão. silenciosa. o que mudou desde o tempo em que um filme destes me abalaria e o passado sábado, em que o filme foi projectado na cinemateca, ou seja, o tempo do meu ciclo de hoje? muito. a mutação deve ser invisível ao redor de olho nu mais distraído, provavelmente. ainda assim, muito mudou. o filme ficou selado tanto na retina estética como na coronária.
em paz. porque
tudo é graça.
a graça levar-me-ia mais longe, mas por ora, por este formato, paro aqui.


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quarta-feira, fevereiro 28, 2007



Caro Philip Gröning:


vi finalmente a sua fita. esta minha dificuldade na escolha da categoria não é sinal de nada para além da dificuldade em si. a fuga ao vaso formal, a descontinuidade e abertura da sua gramática não me aborreceram. já mandei todas as demolições da crítica para a reciclagem ou para o cantinho de jornais para limpar vidros. e por falar em gramática: com que então os monges acentuavam o antifonário! bem sei que cantavam, mas quando me lembro que na faculdade saber a métrica latina ainda era passaporte de exame: sílaba breve, sílaba longa... a sala estava cheia; eu que fazia planos de me assenhorear de pelo menos três cadeiras – pernas [centro], braços [lateral dir/esq], mochila [lateral dir/esq] – quase que levava com o rabo de um senhor que passava na cara. pois é, minha menina, o nimas devia ter aqui um caminho central para a malta passar à vontade... fiquei mesmo no centro, com a mochila ao colo. sabia desde o início que me ia comover. enquanto comprava o bilhete e fumava o cigarro de aquecimento, conseguia ouvir o canto gregoriano da sessão precedente, distante, coado pelas paredes do auditório. logo aí senti os poros a fechar. ando há uns dias a pensar no conceito que une tudo que senti ao ver as filmagens. recorte parece-me o mais cabal: os recortes de luz na escuridão dos claustros, o pavio de uma vela a recortar uma elipse de fogo na escuridão, o branco dos hábitos a recortar corpos no espaço, o próprio tecido a ser recortado pelo monge alfaiate – os passos incisivo da tesoura contra o silêncio – o corte de cabelo a recortar formas prévias na nuca, o recorte de um perfil sentado no fundo vermelho da porta exterior de madeira.




tento muitas vezes tirar fotografias no ângulo que insistiu em exibir: um zoom à linha da orelha e do olho, ou um recorte apenas da nuca e das sua covinhas a começar a desenhar o pescoço. é raro ser bem sucedida nesta categoria. talvez não lhe perdoe o timing de inclusão do Sou Aquele que É entre as cenas finais e não no final. esta tinha mesmo de vir no final, mas não o chateio mais com isso, até a passada sexta, só conhecia a tradução Sou Aquele que Sou, infinitamente mais pobre. fiquei com dúvidas se o enfoque que deu à gratidão e placidez do monge cego perante tudo lhe adveio de um espanto positivo ou negativo. tenho um amigo japonês que explica o mesmo, com base em cíclicas idas e vindas do espírito. em que pensou enquanto o ouvia e filmava? estou ainda demasiado imbuída pelo espírito descontínuo da sua montagem e as imagens estão desorganizadas. também me apetecia falar da cena dos gatos e do deslize na neve: as únicas que fizeram rir a plateia. não... minto. naquela em que o não cumprimento de um preceito é desvalorizado já que o que se faz ali dentro não serve para nada, também houve risos. a neve e o barulho da água da torneira em precipício para o balde, mas não há meio de me organizar e não quero deixar passar mais tempo sobre o que vi. fico por aqui.
obrigada.


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terça-feira, novembro 21, 2006

Henry Fonda em As Vinhas da Ira, adaptação da obra de John Steinbeck por John Ford.

profetizo não ter oportunidade de ver este programa, mas deixo a dica, com alguns fragmentos das últimas horas de cinema.

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domingo, novembro 19, 2006


quando a criada espreita pela fechadura já o filme vai a mais de metade.
o morto que afinal não tinha morrido já havia confessado o seu passeio por identidade alheia – a do seu irmão gémeo – que, com a sua presença revelada, sempre tangível, sempre possível, inevitavelmente real, consegue ressuscitar a memória ida, passada, intangível, perdida, impossível-naquele-presente do falecido segundo marido daquela que nunca deixara de ser sua mulher.
mais um manoel de oliveira.
manUel, este, já que por duas vezes assim aparece na ficha técnica introdutória. em 71 ainda não se tinha convertido à diferença de manOel.
vicente sanches: nome do pai da peça com o mesmo nome do filme: O Passado e o Presente. não soa com muita força, mas baptiza duas horas sui generis. alvo número um: o casamento? também. talvez mais como ponto de partida para reflectir sobre algo mais amplo: a fixação pelo inalcançável, pela opção que se perdeu e já não se tem, a idealização do amor levada ao extremo da anulação de uma qualquer possibilidade táctil. não sei. arrancou-me risos nas cenas do jardineiro, elemento fulcral para não fazer da – em todos os sentidos - saída de cena do segundo marido uma banalidade. não vale a pena mencionar a erupção altissonante da marcha nupcial fora de horas em mais do que uma cena, só ouvendo. quando ela contemplava fotografias do suposto falecido marido, humilhando absolutamente o marido com quem se casara pela segunda vez, o ridículo era tão cortante que nem consegui ficar com as papilas amargas, nem me conseguia rir. isto, o tom tragicómico, é difícil de modelar e infundir no público. o filme, a meu ver, vale, em muito, por isso.
quando a criada espreita pela fechadura, já o filme vai a mais de meio.
dentro do quarto, ela desembrulha uma encomenda que alguém vem entregar a sua casa: o novo retrato da sala de entrada.
e é claro que já se sabia quem lá se estava encaixilhado...
qualquer dúvida, vejam o filme.

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domingo, novembro 05, 2006

dois €’s

foi o que paguei pelo primeiro cone invertido do ano.
castanhas assadas na rua. apenas 12 pelos idos 400$00… mas é inumano domar as narinas contra a nuvem hipnótica que impregna o metro do campo grande. há anos que a compra – seja em que paragem for - se repete nos meus fins de tarde outoniços. esta semana pensei a sério no facto de ser uma folha de lista telefónica a servir de suporte à dúzia tão ansiada: apertar o número da senhora e do senhor tal na mão, terem as castanhas, que se ingerem, contacto com uma página dedicada a cabeleireiros, tudo finalizado numa bola de papel amarrotada no cesto mais próximo. já dentro do metro, o cone ia a meio. o cheiro deu direito a alguns olhares de esguelha. ia um cão bebé ao colo do rapaz que estava ao meu lado, tentou dar uma dentada no cone, o que lhe valeu uma porta-chavadas do dono e um sorriso meu.

foi o que paguei pelo
Bergman.
Tystnaden (O Silêncio)
Estreia Mundial: Estocolmo, 1963 >> Estreia em Portugal: 1975

explica J. Bénard da Costa na síntese escrita: Se o filme não foi pura e simplesmente proibido (como aconteceu em Portugal) foi mutilado por quase todas as censuras (…) Muito mudou o mundo nestes quarenta anos… Quem virá hoje ver o filme para ver cenas chocantes ou fique
chocado com elas?
e realmente, do despudor corporal não me adveio nenhum choque; por um lado, porque não o considero a tónica do filme, por outro, pelo facto de a expressão corporal das cenas que se quiseram mais impróprias me parecer tímida face às cenas que hoje podem merecer carimbos da polémica indecência.
perturbou-me a suspensão constante da resolução da angústia.
em que momentos do filme respirei mais à vontade? no feixe de luz que irrompe na paisagem vista da carruagem da cena introdutória? nos pés descalços de Anna pelo quarto?
único em cena era o olhar e o caminhar de Johan. foi à boleia da desorientação do próprio menino que atravessei o filme. Deus só por ausência existe e são vãs as tentativas de Ester comunicar com os outros (o miúdo, a irmã, o criado, corpos e vozes que sempre se lhe recusam ou não a compreendem) como são vãs as tentativas de Anna. No quarto, esta diz ao desconhecido que escolheu para companheiro de noite: É tão bom que não percebas a minha língua. [J. Bénard da Costa]
fecha o filme uma trilogia da qual não pude acompanhar senão esta última estação, o que não condiciona pouco a minha percepção.

independentemente da questão sequencial, analisando isoladamente o filme, ou nem sequer pensando nele senão como tópico, como pretexto para uma história mais antiga, entre mim e os meus botões, vem-me um sabor que se tornou constante em relação a grande parte da manifestação criativa: a incompletude. oxigenamos muito negrume, mas não deixamos de ser senhores de um contra-negrume conversor. é assim que continuamos a respirar.
artes de abismo sabemo-las de cor: bem escavadas, só por alguns. artes solares sabemo-las de cor: bem irradiadas, só por alguns. Arte dúplice sabem-na os maiores.

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