quarta-feira, setembro 21, 2011

totalidade no parque de s. roque

deixem-me dar provas de incoerência, porque, por vezes, também estas podem contribuir para a integridade de uma alma... afinal, decidi ir passando por cá, rompendo com o ofício a que dei entrada há uns dias, ao pedir uma licença sabática. não ando com compassos regulares, logo, regular não poderá ser a minha vinda a estas paragens. penso que é melhor colocar assim a minha relação com a blogosfera, sem complicar mais.

hoje, contudo, queria registar a experiência de totalidade que tive no parque de s. roque. paralelo à turbulenta e urbana avenida fernão de magalhães, nas antas, empresta-nos uma área de quietude e viço natural como que a partir de um golpe mágico, já que estamos tão próximos do ruído e da agitação do trânsito da cidade, que parece impossível ser aquele o mundo a uns metros das artérias de rodagem. a totalidade insinua-se logo por este contraste entre a agitação e a calma. depois, já dentro do próprio parque, vive-se o contraste entre a densidade do arvoredo na parte superior, com menos luz e mais humidade, e o desanuviamento na parte inferior, com menos concentração verde e mais luz.

de alguns ângulos, é possível avistar o douro; no fim da parte inferior, existe um labirinto de sebes. recomendo uma travessia em competição, para ver se conseguem ser os primeiros a chegar ao centro. se o vosso adversário for mais alto, com um campo de visão suficientemente abrangente para alcançar as entradas e saídas que nos conduzem até ao centro, então, prudência: daí vem derrota certa!