sábado, novembro 20, 2010

está tudo na mesma, oculto apenas... deixa chover
daqui até à meia-noite, ainda pode acontecer muita coisa, mas não sei o que se poderá igualar ao arco-íris que hoje de manhã tinha os dois pés postos entre o estádio do dragão e arredores. tive pena de ir a conduzir e não lhe poder prestar a atenção devida. ainda me serviu de tela desde o início da ponte do freixo até à saída para o mercado abastecedor. recuando quinze ou mais anos atrás, para quantificar num número redondo, não tenho memória alguma de ter conseguido ver a configuração plena do arco, as duas extremidades do fenómeno; só me lembro de ver um fragmento. se calhar, foi o brinde que me coube em sorte por ir trabalhar a um sábado de manhã. entretanto, desabou uma carga de água, que diluiu tudo em segundos. mas eu sabia que o sol estava exactamente no mesmo ponto e não me chateei com a cortina de nuvens e água que o tapou. deixei chover.

terça-feira, novembro 16, 2010

reprogramação
é a ideia que me tem despertado na última meia dúzia de manhãs: levanta-te, são horas de ir para a escola. o interior dos dias afigura-se-me como um conteúdo a entender; há algo de novo na repetição quotidiana que tem visitado o meu acordar. o sentimento de que nada é estático é uma verdade tremenda.

segunda-feira, novembro 15, 2010


Biografia

Tive amigos que morriam, amigos que partiam
Outros quebravam o seu rosto contra o tempo.
Odiei o que era fácil
Procurei-me na luz, no mar, no vento.


Shopia de Mello Breyner Andresen Mar Novo, in Obra Poética II, Caminho 1999

sábado, novembro 06, 2010

- não tolerar a intolerância é ser intolerante?

- hoje é sábado... e se resumissemos antes a coisa a uma questão de paciência ou falta dela?