segunda-feira, dezembro 25, 2006

esculturas destas

sábado, dezembro 23, 2006

arrumação da caixinha dos recortes e fotos - se é tarefa natalícia ou não, cabe ao sujeito avaliar. este recorte, de um rebento familiar que apanhei em flagrante joguito, mereceu destaque; lembro-me bem da foto, como dos dias ao redor do momento em que se queimou no rolo e do rolo de onde a extraí. se era para ser esquiva e não explicar mais, se calhar não valia a pena postar, mas a legenda nem sempre é obrigatória. o bom natal também se esconde em constatações e sabores a certezas como esta, a de que as horas de inquietude se dissolveram e a de que do tempo do disparo do obturador permanece apenas o nitrato de uma foto bonita.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

outra estrutura de finalização.
é no modo e caminho de superação de uma viela íngreme que decido, em grande parte, se gosto ou não - seja do que for, seja de quem for. e é possível pensar a tristeza sem que seja ela a reinar.
[ficava bem um link para a audição do clássico final do filme. mas não o encontro. e, se me permitem, agora tenho de trabalhar]

sexta-feira, dezembro 08, 2006


um comboio


um comboio é um lugar ou um não-lugar? é estático, mas move-se, é dinâmico, mas de base estática: bancos, janelas, portas, tecto amovíveis: fixos. se calhar, pode ser o neutro de ser um lugar e um não-lugar. não sendo um lugar, é uma pluralidade deles, fragmentado em estações ao longo do fio da linha. sendo um lugar, é uma plataforma de caras, cheiros, topos de cabeças recortados pelo encosto da frente e ideias a grande velocidade. as minhas, as dos outros, as minhas sobre os outros, a dos outros sobre mim.
é normal que também o meu espírito se comporte de modo bifurcado. se adormece profunda e quase continuamente até à meta de desembarque, materializando-se num corpo estático, é um não lugar para a consciência, ou porque durante o sonho se desloca num qualquer sentido e disso tem memória - de que não permaneceu num mesmo lugar -, ou porque de nada se recorda e é uma mistura entre a consciência de que há sempre sonho e dinamnismo durante o sono e a ausência de referências e imagens de um caminho onírico percorrido. se o espírito permanece desperto, é um lugar de pernas e nádegas, entalado no assento que o bilhete dita e um não-lugar a percorrer com a visão o redor e o exterior desfocado pela visão.
hoje vim desperta a ler o brinde inesperado que me caiu em mãos antes que entrasse para o comboio: a mãe na poesia portuguesa, uma antologia de albano martins, ed. Público.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

ontem apanhei o metro para a Índia.

segunda-feira, dezembro 04, 2006

[homem fora de casa]
Mário Cesariny
homem muda de casa