não me pronunciei sobre os calores prolongados de outono, mas não escondo um fascínio debaixo de telha pelo vendaval de hoje>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
quarta-feira, outubro 26, 2011
sexta-feira, outubro 21, 2011
- de modo que, quando sentes necessidade de mudar, resta-te mudar.
- há sempre uma espécie de apego fúnebre que nos iça para trás, para o mesmo. um conservadorismo teimoso e temerário.
- entendo, mas só me resta dizer-te isto: escolhe.
if you worry you make it double
um dia inteiro a ouvir falar da crise. antes de me deitar e dar ao meu corpo a horizontalidade que ele tanto reclama, lembrei-me de resgatar este assobio do meu baú dos 80's.
boa noite.
um dia inteiro a ouvir falar da crise. antes de me deitar e dar ao meu corpo a horizontalidade que ele tanto reclama, lembrei-me de resgatar este assobio do meu baú dos 80's.
boa noite.
sexta-feira, outubro 14, 2011
as dedadas na estação da trindade
num dos vidros que resguardam os passageiros das escadas, vestígios de mãos. uma mancha com forma, que se diria ter sido concebida por uma única mente, mas que, na verdade, resultava do repouso de muitas, todas as que no interregno de metros buscaram encosto para a verticalidade da espera. no vidro, translúcido, de geometria bem aparada, a circundar a boca das escadas, aquele desenho irregular e baço sujava. lembrava o trânsito humano na estação. o carimbo das mãos contra o retângulo transparente, que se queria impoluto, ecoava histórias de embarque. hesitei entre deixar o vestígio da minha própria mão no vidro, sobrepondo-a ao recorte de outras, ou ficar simplesmente a sentir a pluralidade de destinos que ali se haviam encostado. antes que pudesse decidir, chegou o meu metro. entrei e levei a impressão das impressões digitais para o resto do meu dia.
num dos vidros que resguardam os passageiros das escadas, vestígios de mãos. uma mancha com forma, que se diria ter sido concebida por uma única mente, mas que, na verdade, resultava do repouso de muitas, todas as que no interregno de metros buscaram encosto para a verticalidade da espera. no vidro, translúcido, de geometria bem aparada, a circundar a boca das escadas, aquele desenho irregular e baço sujava. lembrava o trânsito humano na estação. o carimbo das mãos contra o retângulo transparente, que se queria impoluto, ecoava histórias de embarque. hesitei entre deixar o vestígio da minha própria mão no vidro, sobrepondo-a ao recorte de outras, ou ficar simplesmente a sentir a pluralidade de destinos que ali se haviam encostado. antes que pudesse decidir, chegou o meu metro. entrei e levei a impressão das impressões digitais para o resto do meu dia.