quarta-feira, agosto 25, 2010

now means what?
acabei, há dias, de ler a análise da longa viagem espiritual do Bhagavad Gita que Swami Rama deixou para a posteridade. gradualmente, vou recuperando algumas palestras na net sobre outros temas. tenho tanto a dizer que pouco me apetece escrever. preciso de organizar tudo o que respirei do papel e esperar alguns anos até sentir que houve uma interiorização consistente. não contava com a dimensão do impacto de alguns dos ensinamentos, sempre em sintonia com princípios que tenho como válidos. o que mais me entusiasma é pensar, em abstracto, naturalmente, nas surpresas que ainda posso ter com descobertas vindouras, sejam de que ordem forem. nem que seja uma revelação que um vizinho me faça da varanda, que me leve a focar melhor qualquer aspecto da realidade humana. é impressionante o que ainda não sabíamos quando o passamos a saber, pelo menos um pouco melhor. obrigada, Sri Swami Rama dos Himalaias. já agora, vou ali e já volto, em setembro.

quarta-feira, agosto 18, 2010

para o que é grande, um coração grande, com espaço para deixar ficar. para o que é estreito, um coração estreito, sem espaço para deixar entrar.

domingo, agosto 15, 2010

de um modo geral, creio que se pode resumir essa resposta ao equacionar de tudo como perseguição da beleza íntima do que quer que seja.

terça-feira, agosto 10, 2010


suspensão
o calor seca-me o armazém lexical. nem sequer é um queixume, divirto-me: quero exprimir coisas que só me parecem caber num murmúrio ou num assobio. entrego-me a esta suspensão e aproveito para ir fazendo férias, mesmo que até esteja presente, sentada numa conversa de mesa, vou saindo sem que reparem.

domingo, agosto 08, 2010

apreciar o estado de depuração; tentando, por exemplo, espreitá-lo de uma janela. estar à janela da circunstância.

domingo, agosto 01, 2010

simplifica, inês, simplifica.
é teimosa, a cachopa...

não tenho praticamente nenhuma sintonia estética com o hinduísmo e creio que esse facto, entre outros, ajudou a adormecer a minha curiosidade durante muito tempo. alguém há-de achar isto uma cretinice absoluta, mas a verdade é que o impacto visual que uma cultura alheia exerce tinge muita coisa. reforço o adágio e tomo notas para a próxima do género: as aparências iludem. agora que vou dedicando algum tempo a tentar perceber realmente os ensinamentos da sabedoria védica, não consigo parar o meu entusiasmo em descodificar os símbolos mitológicos. uma vez entendidos, é incrível a irradiação de sentido que têm em situações do quotidiano. gosto particularmente da conceptualização do estômago. quer-me parecer que esta minha maior adesão à iconicidade e ao arquétipo têm que ver com o cansaço das palavras que venho sentindo. amo-as, mas cansam-me. quem quiser faça o favor de desmontar o paradoxo; eu, para já, não consigo e, além disso, hoje é domingo.