vale a pena ler esta crónica de Miguel Esteves Cardoso sobre o casamento feliz.

- desapego?
- diz, apego.

a mãe é a primeira casa. no fundo, não há como lhe dar os parabéns. não há termo que não acabe por apoucar o dia. vou imaginar um post em branco, animado por intenção. estas palavras serão apenas o perímetro do centro desta mensagem.

tenho muitas dúvidas em relação à crucificação de Jesus como a bíblia narra. sou, aliás, simpatizante de outras teorias que vou maturando e estudando com o tempo. será preciso haver uma ideia de morte e ressurreição para alguém ser considerado um mensageiro divino? onde reside a excecionalidade de um homem: nos seus atos e ensinamentos ou num padecimento e retorno da morte?

ainda assim, esta altura de páscoa produz sempre estados de alma profundos em mim, independentemente da ideia de via sacra, padecimento, quaresma e todo o imaginário associado. deve ser a onda coletiva que me influencia. vou sentir o vento e o frio de hoje para junto do rio. um almoço barato e guloso num tasco da ribeira vai coroar a minha manhã. sintam o frio e o vento de hoje como se os experimentassem pela primeira vez.

a partir do momento em que se torna absolutamente inequívoco que a impermanência é permanente em tudo, não há o que temer. é só arranjar os sapatos certos para dançar com o facto. BOM domingo, queridos leitores!