caber no outro pela mão
hoje vi-me a dedos com a operação de reforçar em papel vários registos a lápis com uma caneta, contornando e pintando as letras que uma mão totalmente desconhecida havia escrito nuns exemplares que tinha de rever. tudo isso me soube a exercício de outramento, de descentramento. escrever muito devagar para seguir o trilho dos contornos da caligrafia alheia, controlar a formatação natural do meu punho, para caber na palavra. caber no outro pela minha mão. saber o tamanho e os recortes de um "não-eu" pela minha mão.
1 Comments:
Devíamos era sempre caber no outro pelas nossas mãos, na doação e no reconhecimento...Belas impressões!
Beijinho
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