sexta-feira, janeiro 21, 2011

fragmentos

- então, como seria a obra de arte digna desse título?
-um ponto de intersecção entre a luz e a sombra: nem um império de negrume, nem um ofuscar com claridade.
- dessa síntese, parece, porém que dá primazia à dimensão luminosa da existência... onde está, afinal, a intersecção, a reunião de polaridades?
- a primazia não é dada à claridade em bruto ou à luz que não desceu antes ao abismo; a tónica está na regeneração. é uma questão totalmente diferente do que menciona.
- sob a capa desse conceito de regeneração, não haverá o perigo de que se caia num happy end bacoco e domingueiro?
- a finalização só saberá a fruto forçado se não se lhe souber dar consistência.
- e como é que se dá essa consistência?
- é aí que reside a genialidade do criador. entrando neste domínio, seria, porventura, possível fazer uma descrição mais ou menos seca e desinfectada, com procedimentos a adoptar para a finalização de uma sequência, mas as traves essenciais da resposta não seriam dadas, porque pertencem a um reino infável, apenas exprimível pela operacionalização propriamente dita.

1 Comments:

Blogger Keila Costa said...

Esse meio do caminho...sempre...
Beijo procê

23 janeiro, 2011 16:21  

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