à janela
é habitual encontrar o homem à janela. há dias, o cabelo rapado e a camisa à riscas de banda larga lembraram-me, estranhamente, uma versão reinventada de um judeu do holocausto: normalmente sorri e debruça-se no parapeito com a descontracção de quem senhoreia um castelo sobre uma rua comercial. vejo-o sempre de perfil, enquanto subo a rua. nunca o vi bem de frente, por nunca ter olhado directamente no momento em que passo mesmo por baixo. o recorte do tronco a ultrapassar a linha da fachada da casa, assemelha-se a um adorno qualquer embutido na própria construção. um destes dias, devolvo-lhe o sorriso.
1 Comments:
Gostei do teu blog! Se puder me visitar, http://sindromemm.blogspot.com
Valeu!
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