sábado, janeiro 30, 2010

tirei uns apontamentos deste barbeiro. é um dos casos de observação da galeria humana em que descontextualizo (da mentira e da vingança, neste caso) a persona para recortar o que acho que mais me pode valer. neste caso, interessa-me a serenidade numa qualquer situação de constrangimento grave. extrair o ponto sólido de uma alma qualquer, procurar absorvê-lo e incorporá-lo nos nossos traços distintivos, manter esta prática ao longo dos dias, ao fim de anos, levará a que possamos ter triplicado competências, se houver seriedade no modo como valorizamos o outro em detalhe. depois, há variações refinadas que se podem, pelo menos, tentar. por exemplo: alguém que insiste em massacrar-nos com um fim específico, a que não queremos ceder, que desperta sobetudo irritação, pode, ainda assim, ser um bom projector da cor da perseverança e da determinação para que possamos reproduzir essa força noutro contexto. idealmente, para quem assimilou, a transferência de força deverá ser direccionada para um propósito justo. não sendo assim, é clonagem pouco creativa e vazia de aprendizagem. um agente perturbador pode ser de uma inspiração tremenda.