abaixo da manhã
nunca fui particularmente sensível a textos, fotos ou pinturas de pardais. desde que o pequeno arbusto que cresce abaixo da janela do meu quarto quer tomar proporções adultas, de árvore, consigo ver os bichos de perto, por uns segundos, até se assustarem com os primeiros barulhos da janela a correr e esvoaçarem. o gorjeio, à distância de apenas uma folha de vidro, também soa muito diferente, definido e pouco difuso entre o ruído urbano. com o passar dos dias, comecei a desejar afagá-los, dar-lhes pedaços de pão à mão ou olhá-los, simplesmente, durante mais tempo, sem fugas. a tela logo abaixo da primeira manhã, logo abaixo da primeira visão ao despertar e receber a luz.
2 Comments:
o chilrear
da
luz
o fumo "do índio":)
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