sexta-feira, abril 24, 2009

cansada. o ponteiro dos segundos tem sido um metrónomo de tarefas. já lá vai o gran torino, pelo que, sem qualquer objectivo estilístico e apenas com total desorganização assumida, ficam ideias soltas.

a expectoração de mr walt coagula a culpa, tanto a mais remota como a mais recente que o percorre. o seu íntimo está plasmado no seu sangue, por muito que o tente ocultar dos demais. gosto de beber cerveja como ele nos dias de verão, mas não tenho um alpendre daqueles. aquela roseta vermelha contra o branco do lenço. culpa que só consegue ver redimida com o gesto final. e o diagnóstico? pois, mas mal que nos acomete não é o mesmo que auto-infligimento. o impulso expiatório, leve-nos onde nos levar, é ritual em que todos, de algum modo, já participámos. o fim corporiza-o, ou cadaveriza-o, como preferirem. vamos procurando aprender a dissolver a culpa.

não há nenhuma relação entre texto e música, mas a desconexão é um direito que me continua a assistir, até porque já avisei. ando com este som no ouvido e só me dá vontade de rir a associação do reclame de sensibilização da tv e o genitivo "do avô", no nome da música! sabia desde o início que era dead combo, mas não tinha este álbum, tive de recorrer a um amigo, que tratou do empréstimo e agora está sempre a soar. o gato adora a faixa.

bom fim-de-semana!