o compasso da dúvida
vem ter comigo, ideia - pedia. embora já tivesse percebido que nunca a poderia captar previsivelmente, logo após a um esforço cumulativo de busca. o esforço não era inglório e o tempo de pensamento não era vão: havia que emitir a pergunta, projectar o seu sinal; era preciso saber-se que havia um sintonizador, dentro de um peito, um ponto no universo, a rodar no sentido daquela frequência. vem ter comigo, ideia. bem sabia que a resposta chegaria sem aviso, numa altura em que provavelmente já nem fosse essa a dúvida mais forte. poderia estar a lavar a cabeça e sentir que, de súbito, massajava a resposta sob os dedos com champô ou a polvilhar o jantar com ervas. a solução vinha pelo seu pé. mas vinha. disso tinha a certeza.
2 Comments:
as reticências
são [todas elas]
do domínio
das ciências
(humanas?!)
a hipótese e o lobo;)
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