hoje, na sessão das 18h30, a segunda parte. semeei na mente que o filme não acabaria como acaba: pelo fogo, sem mais. não sei porquê, mas imaginava uma espécie de citação final, inscrita na tela preta, a ajudar a respirar melhor depois de desaparecer o fumo e as chamas da execução. não foi assim. e não tinha de. tal como em relação aos outros, semeamos concepções que não se efectivam a não ser no nosso íntimo e levamos tempo a recompor-nos quando assistimos a certos desfechos. o percurso a pé, do teatro do campo alegre até ao metro da casa da música, foi essencial, no regresso tão entalado que tive. congeminava finais alternativos, visualizava frases hipotéticas em itálico para o final, branco sobre preto de fundo, sem me decidir por nenhuma fixação verbal concreta. agora, segue-se uma fase de pesquisa teórica, com tempo, para tentar apurar com mais calma e detalhe quem foi realmente esta donzela de orleães. em nome do bom descanso que quero ter, fecho este post, mais que esquivo, deixando de pensar no último plano do filme, mas pensando, por exemplo, na banda sonora ou em detalhes pitorescos da cena de coroação de carlos VII. furto-me a explorar o vacilar inicial de jeanne perante a inquisição,embora me tenha perdido em pensamentos dentro sala. desta vez, porém, não adormeci nem um segundo, estava bem longe disso. assim sendo, oportunamente, retomo a questão. agora, o descanso merecido. dixi.
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