sexta-feira, novembro 07, 2008

rascunho para post definitivo sobre Gertrud

notar o uso pueril de desconsolada, por Oliveira, no comentário introdutório do filme, em contraposição com a minha opção por desolada e tirar algumas dúvidas linguísticas quanto à raiz de ambos os termos; perceber o que é que não funcionou no meu íntimo em relação ao olhar de Gertrud nos momentos não disfóricos (porque nos disfóricos não senti desajuste); o espelho e as velas de cada lado e a ideia da perspectiva do outro como um reflexo que não se capta, nem se entende completamente, pensar melhor nisto e na cena em que lindman acende as velas e se vê Gertrud pelo espelho; ver se entendo o que não tem o beijo de Gertrud, que dado sob aquelas premissas deveria fazer parar o tempo ou acelerar o coração e assim não resultou (terão sido apressadas as cenas?); as cores dos vestidos de Gertrud e as fases biográficas; a revelação, a descoberta de algo sobre o íntimo do outro através da leitura de papéis pessoais, a crueldade de uma revelação lida versus a atenuação (?) da dor por uma confissão directa (tenho de esclarecer melhor isto com os meus botões); a ambiguidade acústica dos sinos, como signos; faço ou não um link para o senhor Pirata (que há-de reconhecer a questão das nossas conversas, pela divergência conceptual que tem comigo, se acontecer que leia isto) para reforçar certas convicções que tenho em relação ao amor, ou deixo para uma conversa posterior?; ficar na dúvida se, quando (se) chegar à idade de Gertrud no final do filme, continuarei a subscrever integralmente o que agora subscrevo, desconfiando que sim; pensar bem no que há de orgulho ou apenas idealismo depurado no processo de escolha de Gertrud; fica amor omnia para título?