rosto de rádio [1]
com luzes a assinalar actividade, modalidade e boa captação de sinal. mono, stereo, turner, cd: os matizes de algum rubor por contraste com a palidez natural da pele. um dos botões, o sintonizador, com a prata coçada pela constante rotação em busca de frequências, nuns olhos de brilho fatigado pela procura e observação do redor aflita. o outro, o do volume, com sinais visíveis de manuseio, mas com uma tonalidade de oxidação diferente. uma espécie de amarelado petrificado numa camada da dentição dentro da boca, a natural amplificadora que nos foi providenciada e que, no caso em estudo, parece não ser usada há bastante tempo. ao lado, destacada, uma coluna antiga. está desprovida de força exteriorizadora: o cabo está desligado da aparelhagem, o fio não forma aquele arco invertido que balança em forma de ponte da coluna até à entrada na aparelhagem. não há qualquer canal para a travessia do som até à audibilidade pública. externa. não se captam os sons ou os simples estrugidos de ruído, quando o sinal não chega. de fora, porém, é bem notório o deslize constante da agulha de uma ponta à outra, em sintonização por fixar.
deixem-no estar sossegado.
[1] sem colunas
5 Comments:
Grata pela tua presença.
Voltarei para te ler, mais atenta e sem a pressa desta hora.
Bjinho e até breve
sempre bem-vinda, amita;)
Sentei-me sem pedir permissão e fiquei a degustar este blog. Gostei. Espero que não tenha importunado. Abraços.
nesta casa é assim que se processa tudo: não são precisas permissões e toda a leitura maturada é bem-vinda. sempre:)
mau
tempo
no
canal
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