Penso que só há um caminho para a ciência ou para a filosofia: encontrar um 'problema', ver a sua beleza e apaixonarmo-nos por ele; casar e viver feliz com ele até que a morte nos separe - a não ser que encontremos um outro 'problema' ainda mais fascinante, ou, evidentemente, a não ser que obtenhamos uma solução. Mas, mesmo que obtenhamos uma solução, poderemos então descobrir, para nosso deleite, a existência de toda uma família de 'problemas-filhos', encantadores, ainda que talvez difíceis, e para cujo bem-estar poderemos trabalhar, com um sentido, até ao fim dos nossos dias.
Karl Popper
4 Comments:
Primeiro tentei refutar esta ideia, mas depois apercebi-me que me deparo do mesmo lado. Não pode ser a paixão, em tempos, como uma tormenta que nos fascina, cheia de ambiguidades e na qual, no fim de todas as coisas e de todos os fins, vemos que foi bom que tenha acontecido?
:) e para além disso, eqto o problema ainda é problema, há um lado belo na irresolução e na dúvida. a angústia pode converete-se em busca amplificadora, em sentido.
E quantas são as vezes essa irresolução nos traz dor? E as tormentas da dúvida... E um dia chegamos a um fim. Rimo-nos dessa angústia que sentimos antes, e sentimos agora que somos mais do que éramos. Somos a soma das nossas procuras transformadas. E não nos podemos preocupar, suponho, com a estagnação. Pois, mais tormentas virão :)
pois ...será?!
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