O Homenzinho
Observou o tecto com atenção e sentiu um arrepio
Olhou o chão e certificou-se da altura da parede
Disse: oh maravilha do nosso tempo, o chão subiu
A mulher respondeu: a terra continua no seu lugar
Ele retorquiu: então o tecto baixou
A mulher respondeu apenas:
pensa numa terceira hipótese
nesta por exemplo que tu cresceste talvez
que tu cresceste talvez
que tu...
Ele não respondeu
A terra voltou então ao seu lugar
e o tecto tornou a subir
Observou o tecto com atenção e sentiu um arrepio
Olhou o chão e certificou-se da altura da parede
Disse: oh maravilha do nosso tempo, o chão subiu
A mulher respondeu: a terra continua no seu lugar
Ele retorquiu: então o tecto baixou
A mulher respondeu apenas:
pensa numa terceira hipótese
nesta por exemplo que tu cresceste talvez
que tu cresceste talvez
que tu...
Ele não respondeu
A terra voltou então ao seu lugar
e o tecto tornou a subir
Ahmad Dahbur
Pequena Antologia da Poesia Palestiniana Contemporânea; selecção e tradução de Albano Martins
4 Comments:
se não se importar irei usar um link deste post no meu blog.
cumpz e boa produção. (gosto do que escreve)
incrível!
é a segunda vez que me encontro com este poema hoje!!
o que por sinal vele bem a pena!;)
caro p.c. - não custa:P nada,sempre à vontade.
luci: e pode ser sinal de algo. atenção aos tectos:)
o tecto tornou a subir
a subir
a subir
e o homem a minguar
a minguar
e a mulher sem quarta hipótese
p´ra alvitrar
a terra nunca mais voltou ao seu lugar... diz-se, à boca pequena, que frequenta agora outro local do cosmos; mais aprazível e com gente decente p´la vizinhança.
PS: Não escrevi um post sobre "a óptica da árvore do Príncipe Real... " porque apenas hoje li o teu comentário. Quem sabe se um dia destes...
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