Ó, desculpe... não se importa de me justificar a sua alegria?
a alegria-porque-sim tornou-se numa espécie de sintoma de excepcionalidade, causal e directamente dependente de uma ocorrência extraordinária. há quem chegue a escrutinar simples saudações ou sorrisos, com esgares inquisitoriais, chegando a atirar está de bem com a vida! de onde veio? ou o clássico piroso vai ter com quem? o mais cómico é que a pergunta pode começar por explodir no nosso próprio íntimo, logo pela manhã: de onde me vem tanta vontade de atravessar o dia? triste é a nossa bitola ser tão estreita, tão escura.
5 Comments:
Vais ter com quem? :P:P:P :P
....e se fosse arraial
todos.os.dias...?
parece possível...
...a vida um imenso arraial...?
ai ai não me batam....
e_bengala: de facto, imaginando-te a fazer 4 caretas seguidas, fico com uma imagem bem parola!eheheh*
un dress: não se trata aqui de ser sempre dia de arraial, até porque precisamos de contrastes para a vida ter sabores diferentes. dentro de dias apaziguados, pode haver estados de luminosidade, a alegria a que me referia não era histriónica ou espalhafatosa.
:)
que subtil pergunta a tua: «de onde me vem tanta vontade de atravessar o dia?»... mas talvez a alegria seja sem porquê. um pouco como a espertina dos animais, por exemplo, dos gatos, quando nasce o dia. tanto que há para fazer. porque há de ser vergonhosa ou sujeita a verificação a simples alegria de estar vivo?
andré dias: obrigada pela visita recuada - leitura atenta do blog:) parece que o tópico da alegria está sobre nós: foi a primeira coordenada de conhecimento, no "dias felizes", a partir de uma reflexão da dona da casa C!
nota que também podia ser prévia: este post é, a todos os níveis, datado; tenho as minhas sombras,mas procuro fintá-las...
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