no momento em que nos olham fixamente para ouvir, com aquele esgar de atenção que qualquer um faz ao ler um livro, as pessoas de quem ainda não aprendemos a gostar tornam-se belas. o gesto da descodificação faz sempre diferença.
muito verdade! já agora, de que texto é este manuscrito? assim só deu para perceber que é português e deve ser coisa do século XV. que é? bela escolha para ilustração :)
é uma tradução para português dos "sermones ad eremitas", que se atribuem a santo agostinho. 1500 e pico - pico baixo, mas para dizer com certeza, só vasculhando um dos trabalhos que tive de fazer para história do livro, perdoa-me lá a balda! estava a pensar no que escrevi enquanto arrumava as prateleiras do meu pc: num dos cantos, estavam pontas soltas da fac, entre os quais esta imagem, que rapidamente se colou ao que tinha mente. zás! postei-a! ;)
«as pessoas de quem ainda não aprendemos a gostar» é uma formulação muito justa... e sobre esse gesto da atenção, ou da contemplação, que são talvez diferentes, aparentado ao ler um livro, tomo a liberdade de te sugerir o belíssimo livro de fotografias de andré kertész, on reading (penguin books, london, 1987), sobre o qual maria filomena molder escreveu um bonito texto no seu semear na neve (relógio d'água, 1999, pp. 17-23)..
obrigada!vou anotar as referências e prestar a atenção recomendada.
[não vi e-mail na tua loja para registar o meu agrado, mas desculpei, ou melhor, achei coerente com o registo do local, afinal, ainda não começaram a... :)]
4 Comments:
muito verdade!
já agora, de que texto é este manuscrito? assim só deu para perceber que é português e deve ser coisa do século XV. que é? bela escolha para ilustração :)
é uma tradução para português dos "sermones ad eremitas", que se atribuem a santo agostinho. 1500 e pico - pico baixo, mas para dizer com certeza, só vasculhando um dos trabalhos que tive de fazer para história do livro, perdoa-me lá a balda! estava a pensar no que escrevi enquanto arrumava as prateleiras do meu pc: num dos cantos, estavam pontas soltas da fac, entre os quais esta imagem, que rapidamente se colou ao que tinha mente. zás! postei-a! ;)
«as pessoas de quem ainda não aprendemos a gostar» é uma formulação muito justa... e sobre esse gesto da atenção, ou da contemplação, que são talvez diferentes, aparentado ao ler um livro, tomo a liberdade de te sugerir o belíssimo livro de fotografias de andré kertész, on reading (penguin books, london, 1987), sobre o qual maria filomena molder escreveu um bonito texto no seu semear na neve (relógio d'água, 1999, pp. 17-23)..
obrigada!vou anotar as referências e prestar a atenção recomendada.
[não vi e-mail na tua loja para registar o meu agrado, mas desculpei, ou melhor, achei coerente com o registo do local, afinal, ainda não começaram a... :)]
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